precisei de muitas vivências pra chegar a essa posição e entender o que realmente sentia. Mas vamos lá.
Eu sempre fui aquela criança que gostava de ter alguém por perto cuidando e protegendo. Na época eu nem sonhava que podia existir uma coisa chamada infantilismo e hoje chego à conclusão de que isso nasce com a pessoa. (sim, já tem assunto pra outro post.)
Na escola eu poderia muito bem andar sozinha, mas não gostava porque queria sempre ter alguém por perto, saber que alguém estava ali mesmo que indiretamente preocupado comigo.
Aos 12 anos conheci aquele que viria a ser meu primeiro namorado. Ele enxergava, porém seu problema era epilepsia devido à falta de oxigênio no parto. (eu estudei em uma escola inclusiva, onde haviam vários tipos de pessoas com deficiência.)
Esse rapaz era 4 anos mais velho que eu, mas ainda estava na quinta série. No começo eu achava ele um chato, só ficava me perturbando, mas depois acabei me acostumando porque ele começou a demonstrar que queria cuidar de mim.
Lembro que um dia fomos passear com a escola em um parque e ele tomava todo cuidado pra eu não tropeçar em pedras, acidentes na terra e etc e isso foi mexendo comigo, mas eu demorei pra começar a sentir um interesse a mais por ele. Aos 12 anos eu ainda queria brincar de casinha, assistir desenho e ser criança. (se bem que isso não mudou, né? kkkkk mas ok.)
Foi aos 14 que ele começou a me chamar mais a atenção e hoje eu entendo porque e no final vocês também vão entender.
Pra resumir a história, começamos a namorar e ele cuidava mais ainda de mim, me deixava sentar em seu colo e lembro que era eu que dava uma de bebê pra cima dele, falava fofinho, mas na época eu achava que era coisa normal entre namorados. Engraçado é que apesar de a gente fazer algumas coisas que namorados faziam como beijar e tal, eu não queria algo mais com ele, falando diretamente, sexo. Só queria o cuidado mesmo, gostava quando ele me deixava sentar em seu colo e ficava meio que me balançando como se faz com um bebê...
esse namoro durou 3 anos. Eu terminei o ensino médio e queria fazer faculdade, continuar minha vida e ele havia estacionado, era um tanto irresponsável, não cuidava da saúde e não tomava nem os remédios direito, aí eu cansei e aos 17 anos conheci meu segundo namorado.
Ele era 9 anos mais velho, mas a mentalidade... bom, sem comentários. Morávamos em estados diferentes e namorávamos pela internet. Nos víamos de 2 em 2 meses e nessa época meus pais pegavam demais no meu pé por causa dele... foi a época que eles queriam recuperar o tempo perdido por não terem me dado tanta atenção e isso me sufocou a ponto de eu querer casar e fugir pra casa dele.
Quando eu ia pra lá eu ficava um longo tempo e foi aí que conheci o sexo. Ele não conseguia me fazer sentir prazer e na época eu achava que tinha solução, a final, estávamos os dois aprendendo, mas não deu, sempre que tentávamos eu não gostava, não sentia nada, nada mesmo e começava a me culpar, "Por que eu sou tão fria?"
Coisas aconteceram, pessoas atrapalharam e o noivado acabou terminando. Sofri como condenada, emagreci, não comia, não dormia, apenas vegetava e não entendia porque, se ainda assim eu não sentia falta de sexo. Pra mim era algo adulto demais kkkkkkkkk
Enfim, fiquei uns 3 anos sem ninguém e nesse meio tempo meus desejos infantilistas que eu não sabia de onde vinham aumentaram mais ainda. (outro post.)
Sem aguentar mais, pesquisei e descobri o infantilismo e comecei a conversar com pessoas do meio. Conheci então meu primeiro daddy-namorado que comentei em outro post, que só queria sexo comigo. Durante a brincadeira eu estava de fralda e queria ser bebê e ele ficava tentando fazer coisas que eu não estava gostando, a final, bebês não beijam, não fazem sexo... ok.
Terminou também e como perdi meu primeiro daddy foi como perder um pai, doeu infinitamente. Depois desse eu tentei com um outro que se dizia daddy que também já comentei aqui, mas era outro tarado por garotas de fralda e ainda por cima dependente da mamãe.
Não teve nem coragem de vir me conhecer e ainda por cima me trocou por outra só porque ela deixou ele pôr uma fralda nela. Enfim, veio aquele que eu tanto xingo aqui no blog, o marido da neurótica.
Ele tem a minha idade e nos dávamos muito bem, ele parecia nunca cansar de me ouvir e sempre tinha alguma resposta boa pra me confortar e além disso vivia desabafando comigo que a vida com ela não era fácil, que ela cobrava demais dele, que muitas vezes ele se sentia esgotado, que se sentia escravo e que só não largava ela porque tinha medo dela se matar, (coisa que ela tentou fazer...)
isso fez com que eu me apegasse demais a ele, mas eu não queria tirar o marido dela, apenas não queria mais ela na minha vida, mas respeitaria o espaço dela. Ele tentou me persuadir a fazer sexo, dava em cima de mim e como eu estava carente, vulnerável e queria fazer de tudo pra agradá-lo e não perdê-lo eu quase caí nessa. Quase, porque não fui, definitivamente eu não gosto de sexo mesmo, sou aquele tipo de pessoa conhecida como assexual.
O prazer em minha vida está em ser bebê e ser cuidada. Posso ter cometido um grande erro, mas aquele cara se aproveitou de mim. O que ele queria mesmo era ter duas mulheres, com a desculpa de que uma ele não podia comer mas podia dominar emocionalmente...
talvez se a mulher dele não fosse tão chata e controladora, se ela não cobrasse com juros tudo que me fazia, me jogando na cara que eu não a valorizava talvez eu tentasse fazer tudo diferente. Só que quanto mais a pessoa quer te controlar, mais você quer correr e ela ficava: "Eu achava que seria o sol da sua vida, o centro do seu universo, sua melhor amiga..." pelo amor de Deus, né? Ninguém deve ser o centro do universo de ninguém...
eu me sentia em uma corrente que não conseguia sair porque ele me dominava emocionalmente, e quando se viu na saia justa tentou distorcer a história, mas eu tinha todas as provas e o desmascarei, mesmo saindo como a errada da história porque tem mulher que é burra, esfregam na cara que ela tem um traste do lado mas ela não quer enxergar.
No fundo eu tenho é pena dessa pobre coitada... mas chega de falar dela...
Só pra concluir o post, hoje eu tenho certeza de que eu não gosto de namorar, não procuro um relacionamento, no meu íntimo, apesar de não abrir mão da minha vida adulta e com responsabilidades eu gosto apenas de ser bebê e ser cuidada, mas isso é um tabu, porque muita gente não entende que pra mim, homem é igual a daddy. Entendi na prática que nunca serei capaz de amar como uma mulher adulta e sou feliz assim e por isso não me importo também de ser cuidada por uma mommy.
Eu amo a minha e ela não me cobra, não me controla, ela é amiga na dose certa, irmã na dose certa e mommy na dose certa. E só assim que uma relação dessas vai pra frente, com tudo dosado.
Eu ficaria muito feliz se pudesse considerar o namorado da mommy como daddy, mas também se não for, se ele não conseguir se acostumar, é lógico que eu entendo perfeitamente, porque não são todos que se acostumam com um adult baby.
Mas enfim, vou ficando por aqui, pessoal e desculpem o post tão longo, mas eu precisava dar minha opinião sobre relacionamentos...
beijos a todos e...
mommy, baby ama.
mommy também ama. Vai entender esses relacionamentos né filha, se a gente por na cabeça entramos em um mar de arrependimentos por ter conhecido e se deixado levar por certos trastes só por carência afetiva.
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